Dentista alerta para doenças bucais durante os dias de folia

O clima de descontração e a prática de beijar várias pessoas nos blocos, bandas e bailes de carnaval tem um lado negativo que deve ser levado em consideração. Segundo a cirurgiã-dentista Alessandra Cohen, Membro da Sociedade Brasileira de Odontologia, com consultório em Ipanema, Rio de Janeiro, para quem gosta de beijar muito durante o tempo de folia, pode adquirir um grande problema, pois a boca é a porta de entrada para bactérias e vírus. De acordo com ela, mais de dois bilhões de bactérias habitam uma única gota de saliva, ou seja, um “beijo de língua” pode ser muito mais prejudicial do que se pensa.

“O beijo é uma grande via de contaminação e o vírus fica incubado por certo tempo e não se manifesta, assim como o vírus da herpes, que se manifesta com a queda da resistência do organismo”, explica Alessandra, que adianta: “no período de Carnaval, as pessoas não selecionam os parceiros e isso pode ser um agravante para a contaminação”.

Além da mononucleose infecciosa, que também é chamada popularmente de “doença do beijo”, os foliões podem se contaminar pelo vírus da herpes, gerando lesões em aspecto de bolhas na boca e face e até ter cáries. Sem falar das DSTs, como HPV, e, em casos mais severos, HIV, entre outros. “O ideal é escolher muito bem o parceiro e não sair por aí espalhando beijos”, revela a dentista.

PROBLEMAS MAIS COMUNS DURANTE O CARNAVAL

Doença do Beijo 

O vírus Epstein-Barr, que causa a mononucleose infecciosa, é altamente contagioso pela saliva. O beijo é uma grande via de contaminação e, por se tratar de doença viral, ela pode ficar incubada no hospedeiro por certo tempo e não se manifestar, assim como o vírus da herpes, que se manifesta com a queda da resistência do organismo”, explica Alessandra Cohen. “A doença do beijo é caracterizada por mal-estar, febre, dor de cabeça e de garganta, aumento de gânglios, ínguas no pescoço e inflamação leve e transitória do fígado (hepatite)” explica a especialista.

Para evitar esses problemas, uma vida sem excessos é o melhor caminho. Como se trata de um vírus, é importante que o indivíduo não tenha baixa resistência imunológica, alimente-se e durma bem, consuma complementos vitamínicos e outros. O mesmo vale para outras doenças que podem ser transmitidas pelo beijo, como tuberculose, hepatite e sífilis. “Uma higienização oral frequente ajuda a evitar outros problemas, como a transmissão de cárie, que também se aproveita da troca de salivas”, revela a dentista.


Sexo Oral e DSTs
Se o beijo pode ser uma via de transmissão de doenças, o sexo oral, pelos contatos mais íntimos entre os organismos envolvidos, é uma via expressa, deixando o corpo à mercê de uma série de riscos.

O cirurgião-dentista é capacitado para diagnosticar doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) na cavidade bucal, prestando os primeiros esclarecimentos e encaminhando o paciente ao tratamento adequado. “É importante que o sexo oral também seja praticado com camisinha, porque os riscos de contágio dessa doença são grandes”, aconselha Alessandra Cohen, explicando que outras doenças que podem ser mais facilmente transmitidas por via oral são a gonorreia, caracterizada por vermelhão, ardência e prurido na mucosa, e a sífilis, ferida indolor no lábio ou língua.

“Além dos cuidados antes selecionando bem o parceiro e durante usando preservativo, é importante não descuidar depois. A visita regular ao cirurgião-dentista pode ser decisiva por facilitar o diagnóstico precoce de diversas doenças relacionadas à cavidade bucal”, diz.

Cárie 

Alessandra Cohen destaca: “Acredite se quiser, a cárie que você evita no dia a dia com a higiene bucal, também pode ser transmitida por meio do beijo, então capriche na escovação e no fio dental e, caso necessário, trate antes que ela complique e seja preciso um tratamento de canal”.


Abuso de Álcool e consumo de drogas


Além do prejuízo mais óbvio, por assim dizer, como a desidratação do corpo e o mal-estar no dia seguinte, o álcool também é prejudicial à saúde bucal. Ele pode descamar a mucosa e causar queimaduras. O lança-perfume costuma marcar presença no Carnaval, mas, além de falta de ar e desmaios, pode ser prejudicial à saúde bucal. “Corre-se o risco de acabar com queimaduras na boca e sensibilidade dentária. Já a cocaína, que tem conquistado o público mais jovem, pode causar descamação gengival e erosão nos dentes”.

DICAS DE SAÚDE NO CARNAVAL:

Para prevenir boa parte dos problemas citados acima, a cirurgiã-dentista dá umas dicas simples que fazem toda a diferença:

• Entre as doses de álcool, intercale um pouco de água para não ter mau hálito e não ficar desidratado;

• Leve gomas de mascar sem açúcar na bolsa para aquelas situações em que não dá para escovar os dentes, pois elas neutralizam o pH da boca e disfarçam o mau hálito;

• Não passe muito tempo sem comer e dê preferência a frutas, carnes magras, verduras e legumes;

• Evite as DST’s com o uso de preservativos (sim, mesmo para o sexo oral);

• Mantenha a escovação em dia e use fio dental

Colocando em prática essas dicas de saúde no Carnaval, fica muito mais fácil se cuidar. Mas, na dúvida, vale agendar aquela visita ao cirurgião-dentista, que pode identificar até mesmo as DST’s depois da folia de Momo.


Serviço: 

Dra. Alessandra Cohen – Odontologia Especializada

Endereço: 
Rua Visconde de Pirajá, 259 – C 01 – Ipanema

Telefone: (21) 2287-2793 / (21) 2513-4509

Facebook: @dra.alessandracohen

Instagram: @dra.alessandracohen

www.alessandracohen.com.br

Comentários